A mesma Flor

A mesma Flor
Uma mudança de luz e a mesma flor mudou a cor - junio santos

UMA FLOR SE TRANSFORMA EM VÁRIAS FLORES

UMA FLOR SE TRANSFORMA EM VÁRIAS FLORES
VARIANDO, VARIANDO...

FLOR DO PATRIMÔNIO DA PENHA, UMA BELEZA SEM IGUAL

FLOR DO PATRIMÔNIO DA PENHA, UMA BELEZA SEM IGUAL
Patrimônio da Penha - Município de Divino São Lourenço - ES - Foto Junio Santos

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Em 2006, logo após o 22º Escambo na cidade de Carnaúba dos Dantas-RN, na semana que voltamos pra avaliar nossa ação e vislumbrar novos encontros, conheci o Trak-Trak. Que prazer danado ver uma figurinha com nosso carro de som, um carrinho de sorvete, um microfone na mão e muita criatividade.

Fiz um mergulho no passado, fui direto pra Currais Novos, no momento em que vi o Cris, 19 dando vida ao Oscarito, brincando, brincando e brincando. Pensei: Nossa um novo Cris, um novo Oscarito! O danado era tão bom que nem a falta da maquilagem fazia falta a sua destreza, disposição, respostas num improviso rápido e certeiro.

Lógico que ele tinha todo seu aparato. Ele tinha um Circo que funcionava na área de sua casa. Ele vendia bolo, gelatina, como todo palhaço já fez ou terá que fazer um dia. Não é isso Richard Riquetti e Cris???

Virei fã de carteirinha e ele com sua esperteza e bondade assim que ficamos cara-a-cara, disse:

Júnio Santos sou seu fã! Não me deixou nem dizer que eu é que era fã dele.



Vi outras brincadeiras dele. Cantando acompanhado por um grande baterista numa bateria de lata. Baterista que hoje, mesmo adolescente, já atua profissionalmente nas bandas de Carnaúba dos Dantas, que devido o passado de glória na música, com os mestres Felinto Lúcio e Tonheca Dantas, ainda se chama "terra da Música", e eu acho mesmo que depois do Vitor e do Tales, ela já pode ser chamada de "TERRA DOS PALHAÇOS".

Anos depois o encontro já na banda, tocando instrumento, namorando e falando que tava dando um tempo no palhaço. Entendi tudo. Quando se começa pequenino tem uma hora que é preciso refazer um bocado de coisa. A voz brinca de ficar grossa e fina; os pelos saem no rosto e em outros cantos embutidos; os pés cresce; os braços ficam sem controle e as cobranças começam a ser bem maior. Isso tudo, me disse ele uma vez lá no Monte do galo, durante a montagem da tradicional Paixão de Cristo.

Quase perdi o controle quando a Jô (minha companheira e prima do Tales, quem sugeriu esse nome de imperador pra ele) me contou por telefone sobre sua partida inesperada. Estava em Janduís, encostei-me a um poste e chorei mais por dentro do que por fora, pois sabia do seu entusiasmo pela realização do 31º Escambo novamente em Carnaúba dos Dantas; Sabia como ele preparava a sua volta com um Trak-Trak não mais menino, agora jovem, mas ainda cheio da malícia eterna de criança.

Custo a entender o Escambo de Carnaúba sem o Tales e vamos ter que nos esforçar muito pra poder superar a sua ausência. Temos que ensaiar repetitivamente pra podermos tentar pelo menos chegar perto de sua graça, de sua garra, de sua eterna alegria, que levo guardada dentro de mim e que me alivia quando penso que não terei, mas o prazer de vê-lo, tocá-lo, assisti-lo.

Continuarei seu fã, pois sei que do circo que você agora atua, estará sempre olhando com aquele olhar vivo e sorrindo como sempre sorriu.

Descanse com muitas palhaçadas, pois todos têm o direito de ver e rever o eterno palhaço Trak-Trak!!!

Do seu fã de sempre,

Junio Santos

Macau-RN, 22 de setembro de 2011, ano da partida pra o circo da eternidade do joven-menino-palhaço Tales, o fantástico, Trak – Trak!



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